domingo, 24 de abril de 2011

Upgrading Sony VAIO FW - 64bit Drivers

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UTILIZE POR SUA CONTA E RISCO NÃO DOU GARANTIAS NEM ME RESPONSABILIZO POR PREJUÍZOS, QUAISQUER QUE O SEJAM, ADVINDOS DA REPETIÇAO/EXECUÇÃO/ADAPTAÇÃO DAS AÇÕES AQUI RELATADAS
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O NOTEBOOK
Sempre tive desktops, os dois últimos (um P3 550 e um Semprom 2600+) para ampliar a memória RAM ou trocar o sistema operacional, bastava encaixar os hardwares e instalar os softwares ou drivers. Agora que tenho um notebook... e ainda mais de grife, que luta foi para atualizar.
O notebook em si foi comprado em 2008, numa loja local e, apesar da marca, estava uma pechincha: 3GB de ram, 320hd, vídeo dedicado de 256mb, blu-ray combo e o então novíssimo centrino duo de 2.27ghz Penryn de 45nm.
Minhas necessidades de armazenamento nunca foram pequenas, pois trabalhava com arquivos de vídeo que ocupavam 11Gigas por hora, isto vezes 4 câmeras, vezes 8 horas... facilmente uma produção ocupava mais de 200Gigas.

UPGRADE e migração 32bits --> 64bits
Cansado de tanto conecta-desconecta um emaranhado de HDs nas USBs, resolvi comprar um HD maior pro VAIO, e assim minimizar a necessidade dos externos. Como todo bom consumista não resisti à tentação e acabei trocando e ampliando a RAM (para 4Gigas de DDR2 4-4-4-16 @ 400MHz). Instigado pela novidade (leia-se decepcionado pelo Windows Vista Home Premium), COMPREI uma licença FPP do Windows 7... Ultimate é claro.
No box do dito-cujo, vieram dois relampejantes DVDs, cheio de elementos holográficos, nas versões 32bit e x64 (ou AMD64 hehehehe). É claro que o não-tão-humilde blogger que vos escreve optou pela versão de 64bits.

CADÊ OS DRIVERS X64?!!!
QUE ODISSÉIA! O site da Sony praticamente não fornecia suporte a sistemas de 64bits (a título de esclarecimento, todos os drivers de 32bits são incompátiveis com os Windows de 64bits). Até o driver da RADEON! As nobres marcas (SONY, Toshiba, Panasonic...) não permitem que você utilize/atualize com os drivers originais -mais recentes- da AMD/ATI ou nVidia, travando a instalação. Apenas as versões disponibilizadas no site de suporte ao notebook específico podem ser instaladas, que no meu caso era eraW.O., ou seja, tinha que me contentar com um driver genérico da Microsoft de 2008!!!! Estava obrigado a esperar que a equipe de desenvolvedores do referido notebook disponibilizassem uma atualização, no eSUPORT da SONY.

Comparado ao que me esperava, manter o driver de vídeo atualizado foi moleza, díficil mesmo foi a parte proprietária, leia-se MemoryStick.

Simplesmente não haviam drivers de 64bits no site de suporte, tampouco eu encontrava na Internet opções OEM para meu modelo (FW180AE). Além do mais, o Gerenciador de Dispositivos não relatava o MS. O mesmo problema se repetiu de forma mais insidiosa com o adaptador Bluetooth. O infeliz era reconhecido e instalado automaticamente pelo Windows, mas com os drivers genéricos, simplesmente não sincronizava com nenhum dispositivo bluetooth. Até listava corretamente o acessório, mas os serviços não eram disponibilizados. Mouse não funcionava, celulares não transferiam arquivos ou agenda, fone de ouvido não reproduzia tampouco gravava audio.  

Navega aqui, programa para identificar o real fabricante dos hardwares cá, PDFs técnicos ali, fórum lá e nada de soluções específicas para o meu modelo exclusivo ao mercado brasileiro. Mandei reclamações, sugestões, implorei por soluções ao suporte da Sony, mas os drivers não estavam disponíveis para o meu notebook e educadamente sugeriram que eu utilizasse o sistema incluso (Vista Home Premium 32bits) enquanto o setor trabalhava em uma solução para o meu (e de muitos proprietários) problema, sem no entanto poder me dar prazos ou garantir que haveria uma.

A SOLUÇÃO
O vídeo, que se arrastava com os drivers de 2008, logo foi solucionado em fóruns especializados nos drivers ATI/AMD e nVidia modificados para notebooks de grife, mamão com água comparado aos demais. 

Quase considerando 'downgrade' para 32bits e visualizando o desperdício de  500mbs de ram, pois sistemas de 32bits têm a limitação intrínseca para endereçar a porção acima dos 3GB das memórias -somadas- RAM e de vídeo, foi no desespero que encontrei o pulo do gato. Olhando o line-up de VAIOs vi, no topo de linha da minha série, o FW380AY embarcado com 4Gb de ram e Windows Vista Ultimate de 64bits. Aparentemente, a maioria dos notebooks sony da mesma série (tipo VGN-FW*) compartilham o mesmo chipset, com algumas funções extras ou capadas por motivos mercadológicos. Testei os drivers Vista 64 (MemoryStick e Bluetooth) disponibilizados para FW380AY e incrivelmente, tive tudo reconhecido: adaptador Bluetooth, slot de Memory Stick e SD.

Hoje estou mais satisfeito com o desempenho do meu Vaio ao substituir do infeliz do Windows Vista pelo Windows 7 de 64bits. Espero que está dica seja útil. 


Segue o link oficial dos (poucos) drivers  SONY VAIO VGN-FW160AE para 64bits
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CUIDADO! verifique se seu hardware é compátivel e tenha sempre backups atualizados dos seus dados e sistema. Não me responsabilizo por eventuais danos, prejuízos, perda de garantia ou dados, decorrentes da execução da(s) minha(s) dica(s) e/ou solução(ões) e/ ou sugestão(ões).
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UTILIZE POR SUA PRÓPRIA CONTA E RISCO
PS: Outra dica, trocando a língua no site de suporte para inglês, aparecem mais opções e atualizações de drivers e programas.
UTILIZE POR SUA PRÓPRIA CONTA E RISCO


[]s e bom pessach!


terça-feira, 14 de abril de 2009

Professor-Nordeste-Brasil; Século XXI?

É difícil acreditar que em pleno século XXI, algumas áreas mais remotas do nordeste brasileiro ainda vivam com ares do século retrasado. A falta de serviços básicos como abastecimento d'água serve bem pra ilustrar isto. Contudo, nas capitais, boas partes das modernidades do século XXI já chegaram — pelo menos pra quem pode pagar.
A realidade daqueles que se aventuram a lecionar ciências naturais ou matemática mimetiza esta disparidade. Nas capitais, podem encontrar escolas de ponta e preparar os alunos para concursos como I.M.E. ou I.T.A., nos interiores haverão escolas públicas sucateadas, corpo discente negligenciado pelas autoridades e, em sua grande parte, analfabeto funcional.
Ser professor no nordeste do século XXI significa ter uma energia revolucionária para levar luz às trevas nas localidades rurais ou acirrar a competição nas escolas de excelência e cursinhos "da moda" à busca de índices de aprovação. Significa estar preparado a levar conhecimento aos extremos sociais e todos os seus gradientes quais constituem a realidade do nordeste brasileiro.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Indiferença médica *

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Os profissionais de saúde, em particular os médicos, tem que lidar com o "desafio da derrota" a todo momento. A derrota como a incapacidade de efetivamente "tratar", é uma ótima lição da efemeridade e impotência sobre os acontecimentos da vida; desvela as imperfeições humanas e mutila a ilusão do controle. O problema é que se a vida é um jogo, as cartas nem sempre estão ao nosso favor e é fato que, no final, a casa sempre "ganha". O sofrimento vem da falta de aceitação dos próprios limites, do Eu e suas (in)capacidades. A verdadeira derrota é banalizar a vida a calhamaços de papel, prontuários, números, índices... e a vitória é aceitar as próprias incapacidades sem, no entanto, tornar-se dependente do ópio da indiferença.
A indiferença é o droga dos derrotados: anestesia os sentimentos e banaliza o Outro.



*Inspirado por um relato da dra. Rafaela G.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

PLASMA ou LCD



Ó, doce dúvida!

Em termos de TV sempre vimos as mesmas características desde a década de 50. Enormes tubos de imagem, aparelhos pesadíssimo e, em sua maioria, telas curvas. Éramos tão viciados na esfericidade do ecrã que quando surgiram os primeiros televisores de tela plana achávamos que a imagem era côncava, no populês "pra-dentro".

No final da década de 90 (em 97 precisamente) a Pioneer exibiu o primeiro televisor de plasma de 42 polegadas pela bagatela de 40000 dólares, mais ou menos o preço de um apartamento de 60m2. De lá prá cá os preços das telas finas despencaram mais rápido que as ações na crise mundial. Hoje o mesmo monitor já é negociado por preços abaixo dos 2000 reais.

Voltando ao escopo, vamos enunciar algumas características objetivas do LCD e do PLASMA como tecnologia para a nova geração de televisores.


* LCD (Liquid Crystal Display)
-Um cristal especial que reage à corrente elétrica mudando sua "transparência".
-Não emite luz, precisa de uma fonte luminosa interna (backlit) ou externa (frontlit).
-Produzidos para pequenos visores de celulares até telões de 108" (1).
-Consumo de energia baixo em relação ao tamanho.
* PDP (Plasma Display Panel)
-Células com gás ionizado (plasma) que emite luz de acordo com a corrente elétrica.
-Reage quase que instantaneamente às mudanças de corrente.
-Produzidos em tamanhos de 32" até 150"(2).
-Consumo de pico comparável ao televisores convencionais de mesmo tamanho.

Então o LCD é mais econômico e o Plasma é maior?
Analisando as características acima nota-se que as tecnologias tem lá suas diferenças, mas o senso comum deduz apenas que o LCD consome menos energia e o plasma é "mais em conta" nos tamanhos acima de 42pol. Embora a segunda proposição seja verdadeira a primeira é superestimada.
O LCD tem um consumo em watts constante e independente do conteúdo exibido, já nos televisores de plasma o consumo é variável de acordo com a luminosidade das imagens. Na exibição de filmes por exemplo, um LCD e um PDP de mesmo tamanho tem índices de consumo bem parecidos.

E o burn-in dos plasmas?
A retenção (burn-in) ocorre quando uma imagem permanece por muito tempo fixa no monitor (i.e. o logo de uma emissora, uma barra de notícias) e desgasta o fósforo de forma desigual, deixando um fantasma perene na tela não importe o quanto se mude de canal. Esse problema ainda existe, no entanto a evolução da tecnologia e os mecanismos de proteção atuais requeiram a exibição de uma imagem fixa por dezenas de horas ininterruptamente. O LCD não precisa se preocupar com isso.


Ouvi dizer que o plasma é melhor pra quartos escuros e o LCD para locais iluminados.
Isso depende. O plasma é mais sensível à luminosidade externa por ter uma tela de vidro que, em geral, reflete mais a luminosidade ambiente, entretanto vemos LCDs com a tecnolgia xBrite da SONY que são tão ofuscantes quanto o plasma. Via de regra o plasma vai requerer o mesmo controle de luminosidade que você tinha com sua antiga televisão de tubo.

E o ângulo de visão, é melhor mesmo no plasma?
Com certeza. Por mais que os LCDs tenham avançado pra caramba neste ponto, o plasma permite que você veja a mesma imagem de todos os ângulos tanto na vertical quanto na horizontal. No LCD apesar de ser possível ver a imagem em ângulos bem obtusos, os filtros polarizadores mudam a percepção da luminosidade tornando a imagem muito escura ou muito clara do tipo "lavada". Quem tem laptop sabe bem o que estou falando pois vive ajustando a inclinação da tela para que outras pessoas enxerguem seu conteúdo.

E o contraste no LCD é 50000:1?
Na hora em que se fala em contraste o assunto ferve pois quase ninguém divulga o contraste estático que é a metodologia ANSI. Para medir o contraste ANSI tem que se exibir um tabuleiro de xadrez na tela e então medir o mais simultâneamente possível a diferença de luminosidade entre os quadrados brancos e pretos com um fotômetro. Os fabricantes de LCD e PDP usam o contraste dinâmico que é tão preciso quanto a potência PMPO dos antigos aparelhos de som.
É fato que o LCD sempre vai vazar um pouco de seu backlit (luz) por suas células, logo seu preto sempre terá um cast cinzento ou azulado. Embora o plasma também não tenha um preto black-true-niger, o seu nível de contraste estático (ANSI) é bem superior ao do LCD. Para se ter uma idéia, um LCD topo de linha tem cerca de 900:1 (lê-se: novecentos para um) de nível de contraste, já um plasma simples que custa cerca de R$ 2500 nas redes do Wal*Mart facilmente tem índices superiores a 1500:1.

Estou em dúvida, 42" LCD 1080p (Full-HD) ou 50" Plasma de 720p (HD-Ready)?
Atualmente quem tem cerca de 3 mil reais para gastar num televisor vai passar por isto.
Full-HD é a definição máxima do padrão HDTV, a qualidade máxima de Blu-rays (o sucessor do DVD) e da TV digital. A priori a decisão mais acertada, dita racional, seria escolher o LCD Full-HD, mas aí jaz um dado ignorado: o Full-HD de um LCD só é valido para imagens ESTÁTICAS(3). Pois é, quase ninguém sabe disso e quem sabe não comenta.
O problema é o tempo de resposta, divulgado em milissegundos (i.e. 4ms, 3ms ou 2ms para LCDs), nos plasmas o tempo sempre é bem menor que 1ms o que permite que ela mostre mais resolução nas imagens em movimento do que numLCD.

Conclusões

Diferentemente do que a maioria dos vendedores e algumas publicações superficiais devaneiam, o LCD não é o HDTV ideal nem o melhor ecrã para ver filmes ou programação da TV (digital ou analógica), mas a melhor escolha como monitor de computador ou visor informativo onde serão exibidas muitas imagens estáticas. O display de plasma pelo seu maior contraste, maior resolução dinâmica e menor preço para televisores acima de 50" ou mais é a melhor opção para sua sala de estar, quarto ou home theater. Pense bem antes de ceder às pressões, avalie o ambiente onde irá instalar o televisor, seu uso prioritário e por último mas não menos importante, o tamanho.